Rafinha chegou ao Flamengo em junho de 2019 e fez parte da campanha magnifica do clube que conquistou a Libertadores, Brasileiro, Super Copa do Brasil, Recopa e Carioca. O lateral de Seleção Brasileira, fez sua carreira na Europa e atuou por mais de dez anos no Bayer de Munique (ALE). O jogador de 34 anos criou uma identidade rápida com a torcida Rubro-Negra. Sempre alegre e contagiante dentro e fora de campo, o lateral era visto como um dos curingas do elenco. Um líder nato.
Em agosto de 2020, o jogador recebeu uma proposta do Olympiakos (GRE) e resolveu deixar o clube. Sete meses depois tentou negociar sua volta ao Flamengo, sem sucesso. A novela frustrada de seu retorno demorou três semanas. A diretoria do clube carioca encerrou as conversas alegando falta de grana para arcar com o alto salário de Rafinha e algumas exigências feitas por ele. Questões políticas também interferiram no caso.
Rafinha se tornou um dos símbolos do timaço de 2019, isso é fato. Para a tristeza da torcida do Flamengo, ele decidiu sair no ano passado e abriu brecha para chegada de outro jogador. O chileno Isla foi contratado e assumiu a posição. Experiente e com rodagem pela Europa, deixou seu nome na Juventus (ITA). O gringo também possui vencimentos altos e no momento atual do futebol brasileiro é muito complicado para o clube arcar com dois laterais de alto nível.
Com a pandemia em alta no Brasil e sem expectativa de voltar ao normal, as finanças ficariam comprometidas. Decisão acertada da cúpula Rubro-Negra. No banco de reservas tem o jovem Matheusinho que vem crescendo muito nos últimos jogos e pode ser bem aproveitado por Rogério Ceni. Rafinha poderia ter feito escolhas melhores em seu fim de carreira. Sua saída em 2020 se refletiu agora.
Foto: Alexandre Vidal